sábado, 25 de fevereiro de 2012

Escola é para isso

Santos, São Paulo
23 de fevereiro de 2012

Depois de uma longa semana de carnaval, estou eu, sentada na primeira carteira da quinta fileira da sala de aula. Sozinha entre tantas outras carteiras vazias... Mas, por onde andam os alunos? Por onde andam, eu não sei. Só sei onde eu estou neste momento.
Por incrível que pareça, uma professora, de corpo elegante, com roupas simples, cabelos castanhos e compridos adentrou na sala onde eu estava.
- Vamos para a outra sala? - ela me perguntou - Tem poucos alunos do 2º ano... Quem é a professora nesta aula?
- São duas de matemática. - Respondi sorrindo.
- Bem, então vamos comigo, porque ela não veio. - Ela reparou na minha bolsa e a elogiou.
Arrumei meus materiais que estavam em cima da mesa rabiscada pelos alunos da tarde e acompanhei-a. Antes de chegar na sala, passamos pelo corredor que fazia eco com os sussurros das vozes existentes. Pelas portas por onde passávamos não havia ninguém, nem se quer um professor ou aluno.
Entramos. Ela foi direto a mesa onde a esperava, e eu me acomodei na primeira carteira em que avistei.
A professora logo passou lição só para não ficarmos sem fazer nada. Andreia, sua graça.
Na sala residiam cinco alunos e apenas eu estava com o pique de fazer algo. Enquanto as horas passavam, professores também passavam por lá. Depois de Inglês, veio Filosofia.
Aproveitei os minutos para escrever este texto - como fiquei um bom tempo sem escrever. Acabei cansando e peguei o livro que trouxera na bolsa - Filhos do Éden. Fui pro Intervalo.
Voltei. Fiquei com três aulas vagas e nelas li o livro, já que não tinha nada para fazer.
O sinal da saída toca, minhas coisas já estavam arrumadas, e dali eu parti.