quarta-feira, 14 de março de 2012

De irmã pra irmão


O mais difícil é escrever isto aqui, justamente a você... Nunca pensei que essa amizade iria surgir assim, de repente. Tão forte. Tão digna. Depois de sete anos juntos, apenas com um "oi" seu, que já era de grande alcance para mim, hoje é totalmente diferente. Hoje eu posso te abraçar, posso dizer que você é uma das pessoas mais importantes para mim. É meu hermano. O mais velho dos irmãos, aquele que eu não tive e nunca vou ter. Mas isso não há mais regra, não há limitação entre nós. As brincadeiras se disseminam, só nós entendemos. É como se nos amássemos mas ao mesmo tempo se odiássemos. Ninguém entenderia. 
Mesmo com sua arrogância, seus tapas, eu não vou sair do seu pé. A questão não é porque eu gosto de sofrer, e sim porque eu te amo, porque eu não aceitaria que nada de mal acontecesse contigo. Quero o seu bem. 
"É como você e a Vitória, é como eu e o Serginho." 
Irmãos são assim, uma hora se xingam, outra hora se abraçam. E admitimos, é bom ver eles levando uma bronca ou uma surra dos nossos pais. Só que devemos pedir desculpas por outras vezes eles terem pagado o pato por algo que fizemos. 
E sei que a gente pode não ser filhos dos mesmos pais, ser do mesmo sangue. Mas é como se fossemos, vivemos muitas coisas juntos, muitas festas em família, além de perguntarem: "Vocês são irmãos?"
Sim. Somos irmãos. Irmãos que apenas vivem em casas diferentes, que mesmo distantes sabem da importância de um para o outro. Só que essa distância atrapalha. Eu me distanciei de ti, e você com razão pode brigar comigo. Me desculpa. Me desculpa por eu ser tão tola, tão rude contigo, não estou magoando só a você, mas a mim também. Porém, saiba que é impossível te esquecer, ninguém vai apagar esse sentimento que eu sinto por você. Como diz o Jeremias: "Se eu pudesse matava mil". E mataria mesmo.
No que precisar eu estarei de braços abertos, pra um conselho, pra uma conversa. Até porque nossa amizade começou assim, e qual era o assunto? Garotas. Claro! 
Prometo que vou voltar a ser a hermana de antes, estar mais presente, fazer mais pães com calabresa pra ti, chamar a Vitória pra encher o teu saco cantando e rindo sem parar e ainda ouvir você dizer: "Parem de ser retardadas, por favor?", e sair com o Bruno, pra ele ficar me zoando e você ficar rindo... Assim como outros momentos, vamos repeti-los novamente.
Ninguém te substituirá, nunca vou te abandonar.
Eu te amo Guilherme Lucio da Rocha. De irmã pra irmão.
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